quinta-feira, novembro 23, 2006

A história dos meu avós...

Bom, vou contar uma história que, verdade ou meia-verdade, é assim que me foi contada e é assim que a contarei pra vocês. É a história dos meus avós paternos. Meu avô, o velho João Ribeiro, era soldado de Paulo Afonso (BA) e um dos homens-de-ouro do Nordeste. Aí você me pergunta: – Mas o que são “os homens-de-ouro”? Bom, eram homens mandados pra resolver conflitos em determinadas regiões do Nordeste. Homens que não tinham medo e que cumpriam qualquer missão. Eles iriam a qualquer lugar prender quem quer que fosse. Numa dessas missões, meu avô foi até Pão-de-açúcar – Alagoas. Lá, ele conheceu minha avó, Dona Oliva. Não sei como ele a viu e que impressão teve, mas deve ter sido boa, pois, ao voltar lá pela segunda vez, casou-se. Minha avó sempre falou que ela havia se encantado com aquele homem alto, de uniforme e (como num conto de fadas) montado num cavalo branco. Minha avó tinha apenas 16 anos e meu avô mais de 30. Foi amor à primeira vista.
Mudavam-se com freqüência. Moraram em muitos lugares no interior da Bahia e no decorrer dessas mudanças tiveram 18 filhos! Umas das explicações da minha avó e de meus tios é que ainda não havia chegado televisão por aquelas bandas naquela época. Meu pai, seu Sebastião (ou mais conhecido como Sebá, Galego do celular ou Bahiano), nasceu em Antas – BA (não tirem onda, ok?!).
Mesmo com uma família tão grande, meu avô não deixou de viajar. Então ele deixava minha avó buchuda (tradução: grávida) e, quando voltava de viagem, ela já havia tido a criança. Voltava com tanta saudade de minha avó que acabava por deixá-la grávida de novo. Era um círculo vicioso. Uma baita contribuição para superpopulação humana.
Minha avó, coitada, ia se virando pra criar os filhos da melhor maneira possível. À medida que os primogênitos iam crescendo, ela ganhava apoio para cuidar das demais crias. Dessa maneira, a filha mais velha, tia Deceles, perdeu a infância cedo para cuidar dos irmãos mais novos. Era uma segunda mãe.
Minha avó nunca beijou meu avô na boca. Sempre teve nojo do beijo. Quando eu dizia a ela que isso era loucura e que beijar na boca era uma das melhores coisas da vida, ela resmungava e entortava a cara meio que querendo dizer: – Vocês é que são loucos!
Hoje tenho incontáveis primos. Óbvio que os filhos, netos e bisnetos dos meus avós têm menos filhos (já não passam mais de 10 por casal), mas ainda é padrão na minha família o “crescei e multiplicai-vos”. Então, o fato de eu ainda não estar casada e nem se quer ter um namorado (quando todos os meus irmãos e 90% das minhas primas já casaram) é considerado uma aberração. Nas festas as pessoas sempre perguntam: “E vc? Já está com namorado?” ou “você não pensa em se casar?”. Por isso gosto tão pouco de festas familiares... Sinto-me tão deslocada... Mas confesso que quero sim juntar minha escova-de-dentes com alguém... na verdade... escrevi esse texto porque sou um ser nojentamente romântico e acho a história dos meus avós linda. E isso não se compara ao relato de minha avó com sua voz apaixonada, com seu olhar distante, tentando enxergar um tempo pretérito, mas que é só seu. Sempre que a ouvia contar essa história, via seu olhar no horizonte e tinha a forte impressão de que ela olhava para meu avô chegando em seu cavalo branco. Chamando-a para perto de si. Eis que minha avó, se existir vida pós-morte, está finalmente perto de reencontrá-lo. Agora uma mulher miúda numa cama, raquítica, diferente daquela mulher que sempre vi forte, limpando a casa, trabalhando na feira, andando léguas com uma balde d’água na cabeça (daí sua cabeça chata) e cuidando de seus 18 filhos.

Vai minha avó. Vai que meu avô te espera...
e sei, que por mais adversa que tenha sido sua vida, você foi feliz.
20/11/2006

terça-feira, novembro 14, 2006

Eternamente...

"Ó Minas Gerais... que te conhece não esquece jamais..."

ainda...


Eis que determinadas coisas me molestam a alma...
Ainda não me tornaram insensível
E minha árdua luta pelo que parece ser invencível
É ainda, diante de tanta injustiça, conservar a calma.

Talvez acalente meus amigos por egoísmo
Pra ver se acalentado-os, eu aindo consigo de algum
jeito mansidão.
Em vão, percebo que é momentâneo, pois adiante vejo logo
um estranho que precisa de pouco e antes só quisesse um pão...

Como conseguir ir em frente sem enxergar que nesta sociedade de pouca oportunidade, nossa pseudo-felicidadede de outrém é escravidão?
Lorena Vieira Ribeiro
14/11/2006

Seguindo a corrente...

"Ah! Bobo o ser humano...
que não se deixa sentir plenamente.
Que se contém, que se sufoca,
que se poda, que se mente.
Tudo quer entender, tudo quer definir
e tudo quer conceituar.
Abrir o próprio cerébro,
esmiuçar as entranhas,
analisar o coração.
Pois, da emoção eu lhe digo
que não se analisa, se deixa
que não se entende, se sente.
Eis que a queixa é puro instrumento de castração.
E para quem se apaixona, o maior erro é perder uma oportunidade
E para quem ama, vai em frente, que não se deve desperdiçar felicidade."
Lorena Vieira Ribeiro
Julho de 2005 - eu acho...

quarta-feira, setembro 20, 2006

INSPIRAÇÃO

A palavra, q em mim desperta com a freqüência de um cometa, ao despertar demora ainda quase a freqüência de um cometa para se manifestar.
Ela, como um urso selvagem, hiberna. No propício da primavera acorda... e boceja, se espreguiça e se ajeita para então trabalhar e só então, me fazer trabalhar.

quarta-feira, setembro 06, 2006

minhas escolhas...

Às vezes eu tenho esses acessos de pensar profundamente sobre os males do mundo. Sobre as minhas escolhas e o quanto elas podem influenciar no aumento desta porcaria que está posta. Penso em renunciar a alguns sonhos, em boicotar alguns prazeres, que talvez só sejam prazeres porque me disseram que eram. Não sei ao certo. Não sei se realmente são prazeres. Vejo-me naquele filme Matrix, no qual um dos personagens só sabe que o sabor do frango é frango porque conheceu este sabor com esse nome. Poderia ter sido milho, poderia ter chamado o frango de chocolate e vice-versa. Enfim, será que meus sonhos são realmente meus? Será que não são um produto vendido por um comercial qualquer ou filme um Hollywooldiano? Tenho medo de mim... Tenho medo de minhas escolhas. Tenho medo do quão mal eu possa estar fazendo ao mundo ao perseguir e/ou conseguir alcançar as expectativas de minhas escolhas. Devo esquecer de mim? Devo esquecer meus sonhos? Vale à pena fazer isso quando sabemos que existem muitos por aí que pensam o contrário, ou melhor, que nem pensam no outro, pensam em seus umbigos, sua individualidade. Tudo bem que há um desencargo de consciência ao pensar no outro, não “queimarei no inferno” com certeza. Mas o problema não é este, nem me sinto bem se pensasse assim: “querer recompensas”, embora saiba que talvez haja alguma. Trabalhos reconhecidos massageiam bastante nosso ego. “muito bonito você pensar assim”, dizem alguns. E você se sente então um grande espírito evoluído no meio desta podridão. Um ser superior. Mas ser um ser superior para estar superior é ser hipócrita... sem dúvidas. A disparidade me acomete. Dá-me dor de cabeça saber disto. Que há tantos com tão pouco e poucos com muito. E o que você pode fazer pra mudar isso? O que você realmente pode fazer pra mudar isso? Sei que existem muitas pessoas que se tivessem possibilidade deixariam de ser oprimidos e passariam a ser opressores. Mas será essa uma condição inerente e instintiva do ser humano ou o meio que os faz assim? Por que se for o meio, há salvação. Valerão à pena alguns sacrifícios. É... talvez... mas como saber, não é? Por enquanto faço o que posso (que talvez nem seja tanto esforço assim, talvez até pudesse fazer mais) pelo simples fato de achar que é certo.

23/01/06

sábado, agosto 26, 2006

eu quero mais é q a UJS se foda!

Rapz, nem sei se tô fazendo certo me portar desse jeito sem um debate apronfudado e agindo pela emoção. Pode ser q mais pra frente eu faça um texto decente e bote aki. mas deixo registrada a minha felicidade por tirar o DCE (Diretório Central dos Estudantes) da Universidade Federal de Sergipe das mãos da UJS (União Juvenil Socialista) - que nem é juvenil e muito menos socialista. Depois de terem utilizados de meios escuso, de tentarem fraudar a urna do Hospital Universitário nas eleições, he, he... nem assim conseguiram ganhar as eleições. Talvez tenha algumas pessoas na UJS que sejam boas pessoas, que tenham debate e tal... mas, sinceramente, ô coisinha tosca, viu?! uma galera que prima pelo partido e utilizam da filosofia Maquiavélica... ai, ai... nojo... Viva à democracia e à autonomia! Viva o Movimento Resistência e Luta (MRL)!

domingo, julho 23, 2006

Renovação em Amélie Poulain

Hum... Sou uma pessoa extremamente nostálgica. Este é meu karma. Demoro pra me desvencilhar dos amores... Sejam eles pessoas, músicas, filmes, cenas... Enfim, por aquilo que acho belo... Fico relembrado durante muito tempo o que amei. Sei que não é saudável ser assim... Mas é como um vício... Ou seja, in-con-tro-lá-vel! Ouço uma mesma música várias vezes. Vejo um mesmo filme várias vezes também... Não só na película, mas na minha mente. Vejo-me personagem, cheia de histórias interessantíssimas. Porém, a minha vida, como a maioria das vidas que perambulam por aí, não tem histórias muito interessantes... Sofro pelo que não sou e o que não fui... Tenho um apego profundo a algumas coisas do passado, um passado que não vivi. Ouço as histórias dos mais velhos e fico lembrando desse passado que não é meu, mas que nele às vezes me vejo inserida. Sou uma idealista. Idealizo mil coisas em cima do meu passado e dos outros também. Certa vez, ouvindo meu pai falar das loucuras da juventude, quando minha tia e ele fugiram de madrugada para ser engolidos pela noite com cerveja, jovem-guarda e os “brotos”, consegui não só enxergar nitidamente tudo aquilo como também estar lá. Como? Um teletransporte muito eficiente dessa minha mente muitíssimo imaginativa.
Então... Hoje vi um filme que me deixou assim, viajante... “O fabuloso destino de Amélie Poulain”, é belo, do jeito que eu gosto. Pequenas coisas, algo sutil sobressaindo sobre os tons berrantes. Uma garota com olhos grandes, curiosos, querem captar tudo, mas dá mais importância aos detalhes sutis, simples, muito simples. Ao acabar de assistir o filme, me senti envolvida por aquela atmosfera, senti uma vontade louca de cozinhar. Sentir o cheiro da cebola e do pimentão fritando no azeite. Em seguida o alho, hum... stac! O estalar disso tudo no azeite é alegre. Depois tomate, cenoura, abobrinha, mexe, mexe com a colher de pau, porque só serve se for com a colher de pau. Me sinto uma cheff francesa! Condimentos... Pimenta-do-reino, salsa, sal, curry e açafrão. Deixo separado. Preparo a massa da torta no liquidificador. “Untar”... É uma técnica terapêutica. Deve ser tão eficiente quanto o tai-chi-chuan. Passo manteiga na forma. Despejo o trigo, gira – bate – gira – bate – gira – bate. É bonito ver a farinha girando e grudando na forma. E depois despejo a massa na forma “previamente untada”. Coloco o recheio vegetariano. Sim, sou vegetariana e minha comida é colorida. Cubro com o restante da massa que ficou no liquidificador. Levo ao forno. E o cheiro vai subindo, a massa está assando. Fecho os olhos, quero captar a essência daquela massa. Pena saber o que vai nela. Queria adivinhar. Abro os olhos, vejo que na porta da cozinha está tudo muito claro no quintal. Me aproximo e vejo um céu azul com poucas nuvens claríssimas. Algodão. Passando. Meus olhos as acompanham lentamente. Por um momento esqueço os problemas do mundo... Esqueço os meus problemas, mas só tempo o suficiente para me recuperar, recuperar minhas forças e minhas esperanças no mundo que penso novamente valer à pena. E penso novamente nos problemas porque penso agora ter forças infinitas para resolvê-los.

terça-feira, maio 16, 2006

PORQ's????

Estava eu a pensar o que faz com que em uma turma de 65 alunos dois ou três entrem num Centro Acadêmico e/ ou num Diretório Central dos Estudantes??? É bem verdade que hoje a formação anterior à Universidade, assim também como a formação universitária, não estimulam o interesse ao debate político e ao pensamento crítico da realidade, do nosso contexto sócio-político-econômico. Tudo isso me deixa aflita e cheia de questionamentos. O que me fez querer saber mais sobre a política estudantil? O que me fez abrir os olhos para a importância dos movimentos sociais? Sei que tive a felicidade de entrar em contato com as pessoas certas, como por exemplo, os meus colegas do CALB (Centro Acadêmico Livre de Biologia). Pessoas ativas, que não se conformam ao ver algo que não concordam. È verdade também que este meus colegas conseguem enxergar com mais clareza as coisas que estão erradas. Por exemplo, os problemas com relação à Assistência Estudantil (a estrutura frágil em que estão submetidos os nossos colegas universitários de baixa renda: A eminente possibilidade de perder uma bolsa, ou a moradia universitária, a burocracia ridícula que existe em nossa “democrática” instituição) e mais uma série de contradições em que estamos imersos e muitos não se dão conta. Eles enxergam com mais clareza porque eles procuram isso. Eles lêem mais, eles perguntam mais e eles ouvem mais. São pessoas inquietas e não pensam somente em si como é pregado hoje em dia em mensagens subliminares nesse sistema sutilmente opressor. Digo “sutilmente” para nós da classe média ou da alta, mas para milhares de miseráveis que existem por aí, com certeza ele não é sutil. Para milhares de pessoas que morrem de fome no mundo ele não é sutil. E para milhares de seres vivos na terra que têm seus habitats destruídos, ele também não é nem um pouco sutil.
Certa vez num seminário ministrado por um amigo meu na disciplina Seminário I, eu perguntei: — O que você acha que faz com que de uma turma de 65 alunos 2 ou 3 passem a fazer parte do movimento estudantil?
Ele – Marcus D’Alencar – respondeu: — Instabilidade emocional.
E ele não estava errado. Somente uma inquietação muito forte, um descontentamento profundo faz com que entremos nessa vida de luta, de fazer malabarismo com as matérias, de queimar a cuca tentando entender como as coisas funcionam (ler, virar noites e etc) e pensar estratégias e maneiras de modificar o que não achamos certo ou de ouvir desaforos do tipo “esse povo do Mov. Estudantil é um bando de vagabundo e que não gosta de estudar” ou “usam o movimento estudantil como trampolim político”, de sofrer com a ingratidão ou não-reconhecimento do esforço. Confesso que estes aspectos já foram por mim superados, pois não faço movimento estudantil para os outros, faço por nós e faço acima de tudo por mim, pela defesa do acho certo e justo. Acho também que ganhei muito mais do que perdi, pois tudo foi crescimento, foi experiência adquirida. E nunca tive e nem tenho pretensão de usar o M.E. como trampolim político, até porque já não creio neste sistema representativo que existe e que se dá através do voto. Ele deve ser modificado. Como? Não sei ao certo. Mas não deve ser pela via institucional ou pelo menos, não só por ela. O fato é que acho que passei pelas mesmas coisas que muitos de meus colegas de turma passaram e, no entanto, fui afetada de maneira diferente, o que resultou numa visão de mundo diferente e numa atitude diferenciada diante de fatos comuns a todos nós. Ainda precisarei pensar muito sobre isto tudo... mas aceito opiniões para esclarecer este meu questionamento.

quarta-feira, abril 26, 2006

Em meu sonho...

Beleza... pra quem vai ler aí embaixo, essa não sou eu e sim uma personagem q criei.pessoas veiram me perguntar como eu tava e que iriam me ajudar a sair depressão... enfim, tô muito bem, obrigada! e qualquer semelhança com fatos reais é mera coincindência. beleza?!Boa leitura!
Em meu sonho eu acordava e você estava ao meu lado... Ficava te olhando dormir e pensava que esta era uma das cenas mais lindas que eu já tinha visto. Você com seus cachos espalhados pelo travesseiro dormindo o sono profundo dos justos, cansado por ter me amado na noite anterior. Eu levantava devagar e tentando não fazer barulho. Passava pelo quarto de nossa filha e a via dormir. Ela que cada vez ficava mais bonita e peralta, toda cheia de “por quês” que às vezes nos enlouquecia. Em seguida, eu ia para cozinha, preparava um café gostoso e depois ia molhar as plantas. Roubava um ramo de “bom-dia” e deixava perto do seu travesseiro. Fechava os olhos e agradecia por ser tão feliz... Ao abri-los eu acordara subitamente de meu sonho.
Em meu sonho estávamos brincando num parque e você pegava nossa filha Maria Flor e levantava até o alto. Ela se abria a gargalhar com seus dentes tão brancos quanto a própria pele. Seus cabelos negros ficavam a dançar no vento atrapalhando a luminosidade que estava a minha frente. Passeávamos a beira do lago, andávamos de pedalinho, tirávamos várias fotos de coisas que achávamos belas, assim como de nossa felicidade, pois era ainda a coisa mais bela que havíamos nos deparado até então. Dois metidos a fotógrafos incutindo em nossa filhinha já um grande amor pela fotografia e pela contemplação do que é bom e bonito no mundo. Fechei os olhos querendo agradecer tudo aquilo e então acordei de meu sonho.
Em meu sonho eu colhia as acerolas maduras do pé e as carambolas que jaziam ao chão, lavava-as e colocava-as num pote em cima da mesa. Pegava as goiabas que comprara no dia anterior, cortava em fatias e punhas no liquidificador. Quase não liguei de tão bonito que estava o liquidificador com aqueles nacos de goiaba em tons de verde e rosa. “Uma arte!” Lembrei então de uma amiga ter dito isto numa outra ocasião. Mas o cheiro de goiaba e ansiedade por sorver o suco forte recém batido foi mais forte e por fim liguei o eletrodoméstico barulhento. Separei três copos bem cheios e levei-os até a mesa, onde você folheava um guia de viagens com uma mão e brincava com as mechas aneladas de Maria Flor com a outra. Ao terminar de tomar nosso café, fomos os três escovar os dentes e, ao mesmo tempo, ficávamos a fazer caretas competindo pra ver quem fazia a melhor. Por fim, fomos deixar nossa pequena Flor na escola e em seguida fui te levar no trabalho que ficava ali próximo. Íamos fazendo planos para as férias de um verão esplendido que estava por vir. Sua mão em minha cintura e minha cabeça aconchegada em seu ombro. Combinamos de nos encontrar à tarde em casa, aproveitando a ocasião que Maria Flor não estaria e você não precisaria ir trabalhar, pois o serviço estava bem adiantando. Por sorte, eu também não precisei ir ao escritório, pois decidira terminar de escrever o livro em casa. Você chegou pontualmente às duas da tarde. Eu havia feito algo pra comermos, mas você se adiantou dizendo que já comera e tinha fome sim, mas de outra coisa... Num movimento firme e preciso me virou de costas, botou a mão por debaixo de minha blusa, puxou minha cabeça para trás e encaixou sua boca em meu pescoço. Perguntava pra mim mesma como era possível que você soubesse me dominar daquela maneira e fazer exatamente o que eu gostaria que fizesse. Fizemos amor e pareceu ser melhor que a noite anterior. Sempre tínhamos essa impressão... Conversamos um pouco e logo em seguida você quis me dar um ataque de cócegas fulminante. Sempre tinha esses acessos de querer me matar de cócegas... Sabia que me deixava irritada, mas fazia assim mesmo porque dizia achar bonito me ver cansar de tanto gargalhar e de logo em seguida me ver irritada. Tentei descontar, mas você era mais forte e eu, como sempre, perdi. Você adormeceu cansado. Eu não consegui dormir porque sabia que Maria Flor ia chegar daqui a pouco com meus pais, que pediram para buscá-la na escola a fim de levá-la para tomar sorvete, passear no parque e assistir a uma peça infantil que seria encenada no mesmo local. Fui ao computador, reexaminei o que havia escrito pela manhã e concluí que estava bom. Olhei pra você na cama, fechei os olhos e pensei que tudo aquilo parecia um sonho. Abri-os novamente e me dei conta que enfim estava sonhando. Um frio me percorreu a espinha, fechei os olhos pra ver se voltava a sonhar. Não consegui. Durante todo o dia quis que a noite chegasse pra sonhar nosso sonho de novo. Pensei então ser eu um ser infeliz e senti pena de mim mesma... Tinha duas vidas: uma quando estava acordada e outra quando adormecia. Tornei-me um ser com dupla personalidade sem nem notar. Pensei então no filme “clube da luta” e concluí que pelo menos não fazia mal a ninguém. Poderia continuar com minha fantasia e viver minhas duas vidas sem dor na consciência,
pois eu não fazia mal a ninguém a não ser a mim mesma...

quinta-feira, março 09, 2006

inteligência intra-pessoal????

interessante pensar nesse negócio de várias inteligências... Depois de um seminário de Psicologia de aprendizagem, no qual aprendi um pouco sobre os vários tipos de inteligência percebi que me falta uma das mais importantes: inteligência Intra-pessoal. O que isso quer dizer? Bom, existe as seguintes inteligências: Línguistica (facilidade para aprender línguas), lógico-matemática, motora (akela relacionada à movimentação do corpo), artística (pintura, artes plásticas... etc) e inteligência intra-pessoal (quando vc sabe o que sente, o que quer, ou seja, é uma pessoa bem resolvida consigo mesma) e a inteligência inter-pessoal (qdo sabe lidar com as pessoas, é extrovertida e cultiva bem as amizades). O fato é que todas estas inteligências eu possuo um pouco. Dá pra me virar... com exceção da intra-pessoal... essa, ai, ai... essa eu não tenho nem um pouco desenvolvida. Acho que muitas pessoas não tem. Mas Vou resolver isto. desenvolverei isso e pararei de ter dores de cabeça. he, he. foda, né? e vc? como anda aí suas inteligências????

sexta-feira, fevereiro 17, 2006

Teoria do Encantamento

Não sei se há uma ciência que estuda os relacionamentos amorosos. Talvez deva haver algo assim na psicologia... enfm, o q faço agora é tentar dar uma explicação para a enfemeridade de meus relacionamentos e de outros colegas meus. Inclusive, tenho q confessar q as idéias aki expostas foram cedidas por uma amiga - Débora Souza - que observou os seus próprios relacionamentos e os comparou com os de outras pessoas que tiveram o mesmo "início, meio e fim". Até o momento não consigo conceber um relacionamento (veja bem, permeado por amor e tudo q este sentimento engloba) para sempre. As pessoas morrem, É FATO! E como não sei se há vida após a morte, posso dizer, baseada em fatos científicos, q os os relacionamentos mais longos acabam com a morte de um dos parceiros (ou de ambos). He, he. Talvez eu esteja sendo fria e insensível, mas a ciência tenta ser objetiva e imparcial (nossa! como sou audaciosa. tsc, tsc).
Bom, partindo para a teoria de fato, o que pode ser constatado é: TODOS OS RELACIONAMENTOS TEM UMA FASEZINHA CHAMADA ENCANTAMENTO. Esta fase dura em média 3 meses e nela tudo no(a) seu(sua) parceiro(a) é lindo, tudo q ele(a) diz ou faz é lindo! E todos akeles defeitos descobertos no início que em qualquer outra pessoa deixaria vc irritrado(a), nele(a) são bonitinhos e aceitáveis. Algumas pessoas chegam a dizer q estes defeitos são acessórios essenciais para compor a "perfeição". He, he. "Par perfeito". tsc, tsc... Porém, depois de mais ou menos 3 meses este encantamento acaba e aí, iiiiiii... , como diria o meu pai: "a porca torce o rabo", pois é neste momento que será avaliado se as manias, até então bobinhas, são toleráveis. Se a pessoa que antes era mascarada pela idealização é realmente todo akele príncipe (ou princesa) que vc pintou. Aí realmente vc verá se o relacionamento é realmente durável.
O encantamento pode durar um pouco mais ou menos de 3 meses, isso vai depender do temperamento q esteja vigente, ou seja, se estamos mais dispostos a tentar ou não. Enfim, acho q é um momento q chega pra todos. NÉ, DÉBORA???

quinta-feira, fevereiro 16, 2006

desdizendo a vida...

vida dita e redita,
sob vários aspectos,
várias correntes filosóficas.
ou ideológicas...
fragmentada e recomposta
transformada.
dita e desdita
ah! vida!
talvez nem precise pensa-la
só vivê-la em sua plenitude
admira-la
Ah! Desdita!!!
prq às vzes complicamos a vida???
Eu a digo simples
e desdito em atos cada vez mais complicando-a
Eu a digo linda
e desdito td numa dor de cotovelo
Eu a digo feia e desdito ao me confrontar com a lua cheia
hum... Quem é complicada então...eu ou a vida?

terça-feira, fevereiro 14, 2006

Blog Criado!

Blog Criado!

kkk Tô me sentindo uma guria com o seu diário...
"Querido Diário..."