quarta-feira, janeiro 21, 2009

Comunidade Campina - A viagem de volta

Atualmente, minha vida tá uma doideira. Não vou entrar em detalhes, mas parece q um tufão passou por ela. Tudo bem que a gente planta aquilo que a gente colhe. Bom, pensando no sentido da minha vida e no que construí nela até agora, pensei... Quais os lugares nos quais eu fui muito feliz? Uma coisa legal é que apareceram muitos. No entanto, alguns deles eu já pude visitá-los novamente... Então pensei, preciso de uma aventura e de algo que eu realmente possa colocar a mochila nas costas. Lembrei da Chapada Diamantina. Fui pra lá no final de 2003 numa vivência do Encontro Nacional de Biologia. Antes que vcs perguntem o que cargas d'água é uma vivência, eu vou explicar. Vc vai literalmente vivenciar a realidade e os problemas ambientais de uma comunidade ou de algum lugar mesmo que inabitado (embora as problemáticas ambientais sejam, geralmente, resultantes da relação homem-natureza). Bom, minha vivência lá foi ultra-super-legal. Eu fiquei numa comunidade alternativa onde a galera tentava ter uma relação harmoniosa com a natureza. Essa comunidade se chama Comunidade Campina. A princípio, tem um pessoal muito instruído, seja pela pesquisa através dos livros, seja conhecimento adquirido na vida acadêmica. Então, tinha médicos, professores, pessoas que cansaram da loucura do mundo urbano e foram procurar viver uma outra realidade mais calma e mais próxima da natureza. Eles têm hortas, agroflorestas, apiário, uma cozinha comunitária com um forno solar mó-legal, uma biblioteca e a casa verde, na qual são expostas as iguarias produzidas, o mel, o artesanato, enfim. Eles não estão isolados do mundo. Lá tem energia obtida através de placas solares e tb possuem (ou possuíam - não sei como estão agora - internet). Trabalhavam com a permacultura. A reutilização e reciclagem de materiais. Lembro de um exemplo muito legal. Tipo, eles produziam o próprio sabão a partir de ervas e tal. Aí, tinha um filtro no encanamento da pia q filtrava a espuma mais grossa. Aí essa espuma era utilizada pra corrigir a acidez do solo e melhorá-lo para o cultivo. Eles sempre tentavam fechar o ciclo. Era fantástico. Lembro de não querer ir embora. De ter visto um dos pôr-do-sóis mais lindos da minha vida em cima do cume do Cucuruto. De ter tomado um banho muito gostoso no riacho. De ter provado uma comida ovo-lácto-vegetariana fantástica. De ter ouvido um som muito bom à noite, na beira da fogueira. De ter comido pela primeira vez um grão de café torrado na hora. De ter chorado muito na hora de partir.

Por quê não??? Acho q tá na hora de voltar. Por isso, começo hj minha viagem de volta. À princípio, tenho um antigo e-mail da galera da Campina. Vou entrar em contato com eles e ver se rola de voltar agora nesse período. Vou transcrevê-lo aki. Torçam por mim. Espero chegar lá viva e não cometer as loucuras que akele cara q fez "A Natureza Selvagem". Vou fazer disso aki uma espécie de diário que acho que não vai rolar de atualizar lá, mas não custa tentar. Vai q vcs tb se apaixonam.

Olá,

Meu nome é Lorena, sou de Aracaju. Tem tempo que entrei em contato com vcs... fui aí no final de 2003 ainda qdo era estudante de Biologia e entrei em contato novamente em 2006, mas acabou que não puder ir novamente. Queria muito voltar à comunidade. Nessa visita, eu iria sozinha. Não lembro mais como chega... até onde devo pegar ônibus e tal. Se eu não me engano, vou até lençóis e de lá tenho que pegar um outro carro, né? Posso passar uns dias aí na comunidade??? Rola de acampar aí novamente??? No mais, Beijos.

10 comentários:

Chris disse...

'ta fantástico poder ver como tal experienca pode mudar a vida. sou da alemanha, estava lá também em 2004 e outra vez no último año. maravilha, mais ha mudado muito. se voce procura mais informacões posso recomendar o site http://www.ipemabrasil.org.br/instcampina.htm mas allem disso não tenho a menor dúvida de que voce vai reconhecer o camino uma vez que voce está na entrada ão vale do capão.

então, a gente se cruxa, numa nova vida (alternativa)!

Lory Ribeiro disse...

Eu entrei no site do ipema. Fikei encantada. Mas não vai dar pra ir tão cedo. não me programei direito e me chamaram pra trabalhar. Agora só qdo sair de férias. Me sinto muito bem naquele lugar, mas não sei se eu estou preparada pra largar td e ir pra lá...

Cheiros pra ti.

Anônimo disse...

Eu tabmbém fiquo preso na faculdade e vai demorar mais meio año até a minha mochila e eu nós vamos. Eu sempre tive a alma dum clandestino mas na campina me sento simplesmente libre e feliz.
Eu só posso aguantar a civilizacão até certo punto e isso ainda pior depois de saber o que pode significar viver verdadeiramente.
Olha, e verdade que no momento a campina não responde ãos mails, mais voce pode chegar em barraca e se não tem pode dormir na casa verde. Sempre estão abertos a pessoas com interessa a sua vida. Se precisa mais informacões só mande-me um mail a canderer@web.de ,
abrazo, christian

Anônimo disse...

Que legal Lory, eu to afim d elargar tudo e começar tudo denovo!! sou biólogo também. sou funcionário do INEA ( Instituto Estadual do rio de Janeiro) mas eu não to me sentindo encaixado mais no mundo "civilizado" rs. como eu faço p/ chegar ate a comunidade? como é a receptividade lá? abraço
michel

Lory Ribeiro disse...

Olá sr. Anônimo. :) Como vc pode ter acompanhado pelos outros e-mails, não rolou de ir, mas não desisti. Se eu tiver q viajar, que seja pra lá. a receptividade é muito boa. Eles tem um local de camping pra galera que quer conhecer a comunidade. Se vc resolver morar lá de vez, vc tem q ficar lá um ano e não ter problemas com os moradores durante esse período. Vc vai ter suas tarefas diárias pra fazer, assim como todo mundo lá. De boa, se puder ir, vá. É um ambiente maravilhoso e vc vai aprender muito. beijos. :)

Melina disse...

Oii!!!
estou tentando entrar em contato com o casal q vc fala aqui.. vc poderia me passar o telefone deles??
obrigada!!

Rodrigo Hadrich disse...

Ola!! Gostaria de informações sobre esta "sociedade alternativa"! Eu sou estudante de direito, me formo neste ano, moro em Rio Grande no rio grande do Sul e quanto mais passa o tempo vejo que quero fugir desta sociedade corrupta e egoísta!
Poderiamos trocar alguns e-mail's? O meu é rodrigo_hadrich@hotmail.com. Gostaria de dicas de como chegar la e tal...
Muito obrigado!!
Rodrigo Hadrich

Tiago disse...

Olá,
Faz algum tempo que encontrei uma pagina falando dessa comunidade. Me identifiquei com a forma de vida dessas pessoas e gostaria de conhecer e quem sabe fazer parte dessa comunidade. Porém não consegui fazer contato com eles.

Alguém saberia me dar maiores informações? Li em outro comentário que basta ficar 1 ano por lá sem problemas com as pessoas da comunidade que você é aceito. Mas alguém sabe se ainda é assim hoje (setembro de 2013)? E qual o caminho para chegar lá?

Abraço e bons ventos.

Anônimo disse...

Olá,
Estou buscando maiores informações a respeito da comunidade pois me identifiquei com a forma de viver deles e gostaria de conhecer e quem sabe viver lá.

Li que para ser aceito precisa ficar 1 ano lá sem problemas com o pessoal da comunidade.
Porém e hoje (setembro de 2013) ainda está assim?

Como chegar lá?

Bons ventos.

Lory Ribeiro disse...

Nunca mais acessei o e-mail que usei para tentar entrar em contato com eles e o hotmail acabou cancelando minha conta. Então, se tive uma resposta, nunca saberei. Achei essas páginas http://www.ipemabrasil.org.br/instcampina.htm

http://www.comunidadecampina.org/