quinta-feira, fevereiro 22, 2007

A primeira música q apresento aqui. Só não pode plagiar, beleza?! : )


Buááááá! as notas não ficaram no lugar certo...
Um samba só pra ti
Lory – 04/03/06

C7+ Em7
Oi amor. Te amo, sabia?
G# G
E só pra você não esquecer direi te amo’s todo dia.
C7+ Em7
Olá amor. Eu te fiz um samba agora.
G#
Desculpa se não fui trabalhar. Pra compor
G F
toda hora é hora, não tem de marcar.
C D
Ainda mais se for pra ti, não precisa nem pedir
D? D7
pra eu cantar baixinho.

C7+ Em7
Que quer amor? Pra ti sou todo alto astral.
G#
Vamos pegar um “bacural”,
G
E ir ao Recife antigo.
C7+ Em7
Dançar amor, dançar até às pernas bambas
G#
Maracatu, reaggue ou sambas
G
Beber com os amigos que é preciso
F C
cultivar a alegria de viver, de curtir e
D D? D7
de sorver essa cerveja gelada
(Tá gelada pra daná!)

C7+ Em7
Eita amor, olha tá todo mundo olhando agora
G#
E deixa então todos olhar
G
Nossa felicidade gorda
C7+ Em7
Vamos dar um alô, um alô pra toda essa gente
G#
Que é tão igual e diferente
G
Vamos fazer uma troça,
F
tirar onda e esbanjar que nos damos muito
C D
bem e gritar que somos um
D? D7
Não sei bem até quando

Refrão
F C
E esta noite eu vou tocar sem saber
G#
Vou cantar e vou ser
G
O amor mais bonito
F
Só pra ti
C
É que dou de mim o melhor
D
É que faço o esforço maior

? D7
E que tento o impossível
F C
E esta noite eu vou tocar sem saber
G#
Vou cantar e vou ser
G
O amor mais bonito
F
Sem ter medo
C
se amanhã ou depois de amanhã,
D
mesmo que agora diga que não,
D? D7
você acabe comigo.

segunda-feira, fevereiro 12, 2007

A saudade - 11/02/2007

A saudade é um pedaço de nós virtualmente arrancado.
É ser só lembranças a todo o momento.
É quando um oscilante e permanente sofrimento
Nos toma por tempo indeterminado.

Há uma angústia roendo por dentro
As motivações que normalmente nos fariam seguir
A quem recorrer? Pra onde ir?
Não temos força, só resta lamentos.

Nada parece estar em nossas mãos
Tudo parece tão gigante,
Desproporcional e intimidante
Que dói tudo em nosso corpo são

Sempre penso que nunca mais sofrerei igual,
Passar por tamanha dor deveria gerar resistência,
Mas o coração insiste na desobediência
E mais dia, menos dia me vejo de novo mal...

Recife - Pernambuco - Brasil (deviam me pagar por falar tão bem...)

Ao adentrar a cidade do Recife pela primeira vez, achei-a muito feia. Um boom de informações invadiu as minhas vistas e realmente pude descobrir o significado de “poluição visual”, um termo que ouvi num programa de televisão qualquer. O vivo colorido dos cartazes e outdoor’s em meio ao desbotado dos painéis antigos, assim como seus concretos pichados e escurecidos pela chuva davam à cidade um ar que podia ir do triste ao agressivo. A cidade é tão grande que diversas vias que ligam os bairros até parecem BR’s, o mato cresce continuamente no acostamento e várias são as áreas de terreno baldio. E a primeira impressão que tive de Recife é de que deveria ter cuidado, pois uma cidade cujo ar vai do triste ao agressivo não tem nada de bom para oferecer. Mas eu estava errada.
Minha segunda visita feita a Recife foi desbravadora. Descobri sua magia, sua história, seu encantamento. Fui a Recife acompanhada de um típico recifense, Daniel Lins, conhecido entre minhas amigas do alojamento como “O Louco”. Cortamos parte da cidade num ônibus “sanfona”, algo que pra mim dava um clima nostálgico, pois só quando era criança é que havia visto um desses na minha tão comparativamente pequenina Aracaju. Observei as pessoas, seu sotaque, os trejeitos e isto tudo começou a ter graça para mim. – Ó Lory, tu visse? - dizia Daniel ao me apontar as coisas. Às vezes não via, mas gostava de ouvi-lo dizer. Uma das coisas que me chamou mais atenção foi os vendedores ambulantes invadirem e dominarem os ônibus vendendo seus produtos tal qual os vendedores de bugigangas dos canais de vendas. Lembro em espacial de um que vendia produtos medicinais. Ele começava seu discurso feito uma apresentadora de programa infantil dizendo um alto e sonoro: – Bom dia, pessoal! Não ouvi vocês, então de novo. Bom dia, pessoal!!! Depois ele mais parecia um narrador de jogos de futebol preste a descrever um golaço de tão rápido que descrevia os produtos e seus efeitos sobre o organismo. Encontrei essa figura em outras viagens de ônibus e eu sempre tinha o mesmo acesso de riso. Ao chegar ao centro de Recife fui conhecendo lugares como a rua do hospício e seus bares, a delicatessen Portuguesa, o cais, suas pontes que deram o apelido de Recife de “Veneza brasileira”. E a cidade foi se tornando atraente. A cultura emana de seu chão, de seus prédios, das conversas entre as pessoas na rua. Uma cultura antiga e ao mesmo tempo nova, pois em cima de um eixo básico a linguagem se transforma ao nascerem, morrerem e renascerem termos, gírias, expressões.
Dar uma volta na praça da Sé, tentar abraçar o Baobá (aquela árvore do livro do pequeno príncipe de Antoine de Saint-Exupéry), ir ao Marco-zero e atravessar de barco para o outro lado onde ficam as pedras de contenção, admirar a torre Malakoff , conhecer o mercado, conhecer os sebos de livros e de vinis na praça da Roda, e pichar a faculdade de Direito (ops!).
Não consigo mais enxergar Recife como a vi em minha primeira visita. È o lugar onde recorro quando quero me revigorar, renovar minhas energias. Pernambuco como um todo é um lugar que emana cultura. Sugiro, inclusive, que conheçam em especial um barzinho chamado “Bar do Noca” que fica em Olinda, e que durante muito tempo achei se chamar “bar da Noca”. Sugiro ainda que tomem uma boa cerveja geladíssima (sim, tem que ser íssima mesmo) e um imenso pedaço de carne-do-sol assado e servido com uma espessa fatia de queijo coalho assado na brasa acompanhado de uma porção de macaxeira amassada e misturada com queijo ralado. Atualmente não como carne, mas lembro do prazer que senti ao experimentar. Acho que este tipo de prazer, por mais danoso que seja para nós ou para o meio ambiente (um dos motivos pelo qual deixei de comer carne), deve ser-nos permitido sentir uma vez na vida. Nossa... O que dizer mais? Tanta coisa... Os maracatus, os sambas-de-côco, o frevo, Olinda, o Recife antigo, o Burburinho e a bohemia, seus artistas, Alceu Valença, Lenine, Dona Lia de Itamaracá e a ciranda, Arco-verde, Cordel-do-fogo-encantado, a livraria Cultura, o Marco-zero, o centro histórico de Igarassú, Nação Zumbi, o sotaque, a criatividade, a diversidade cultural... as pessoas! Nossa! É coisa, “Visse”! Tenho até medo de morar lá... trocaria os estudos por uma banda de maracatu. Sim, Recife mais especificamente, tem lá seus defeitos. È um das cidades mais violentas do país. Mas, se mesmo com essa violência toda é boa desse jeito, imagine se não fosse?!